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domingo, 26 de dezembro de 2010

de tudo, o que fica é a foto

como já disse no post anterior, ando tensa com as coisas do casamento... nada grave. mas sinto que preciso de férias dos preparativos... o final de ano veio muito a calhar! bem, estou devendo detalhes sobre a odisséia para conseguir um fotógrafo em Brasília... vamos lá!

não adianta você investir tempo, dinheiro, disposição e energia na preparação do seu casamento, se não conseguir alguém para fazer um registro à altura de tudo, certo? o meu maior medo era não conseguir um fotógrafo decente e livre para o dia 2 de abril. afinal de contas, de tudo, o que fica é a foto (quando falei isso para o Marcio, ele me olhou com cara-de-cachorro-que-caiu-da-mudança e replicou: "e eu? não fico?". so fucking sweet!).

disparei na minha procura por um fotógrafo a partir do material que recolhi no Fest Noiva. vasculhei vários sites para ter uma ideia dos trabalhos dos fotógrafos. ah! não disse ainda que eu não queria fotos comuns, né? lapso meu. bom, na verdade, não quero aquelas fotos posadas, ensaiadas e caretas. me recordo do casamento da Mariana e do Érico, há uns cinco anos atrás: o álbum deles parecia um livro de estória. o fotógrafo (ou fotógrafos, não me lembro) clicou as pessoas naturalmente, enquanto dançavam, comiam, se beijavam, sorriam, enfim, foi um festival de fotos de momentos das pessoas ao longo da cerimônia e da recepção. um luxo! me lembro bem da minha foto favorita no álbum: Mariana de costas, olhando para alguém/algo à direita, sorriso discreto, tatuagem nas costas à mostra, preto e branco. linda!
as fotos a seguir transmitem o que eu quero. dêem uma olhada:


créditos: Marilena Santiago.

créditos: Marilena Santiago. (reparem na apertada no traseiro que a noiva levou!)

créditos: Marilena Santiago. (reparem na expressão dos noivos!)


comecei minha empreitada pela equipe Monjardim Noleto, um casal de fotógrafos (Lorena Monjardim e Rafael Noleto). ao vasculhar a página deles, logo me apaixonei pelo trabalho. liguei. atenderam. perguntei se a data de 2 de abril estava livre. resposta: não. desespero nível inicial. fiquei repetindo pra mim: "eles são muito disputados, Bianca. é assim mesmo. vamos ligar para o próximo".

próxima ligação: Alexander Muradas. eu ainda não conhecia o trabalho desse fotógrafo, liguei porque tinha ficado órfã do Monjardim Noleto. bem, ao ligar pra lá, logo foram me perguntando qual era a data da cerimônia. "2 de abril." "um momento." cinco minutos depois: "essa data não está livre." desespero nível 7, numa escala de 0 a 10.

terceira opção na listinha: Julio Dutra. liguei primeiro, chequei na Internet depois. bem, fui muito bem atendida no estúdio, que, aliás, somente atende com hora marcada. o próprio fotógrafo atendeu a gente,  apresentou  o material que produz. gostei muito de tudo. o problema: o preço. eu tenho o dedo mais podre do Universo... tudo que eu gosto acaba sendo o mais caro.

entendo que os profissionais têm que valorizar o seu trabalho, colocando um preço à altura da qualidade que eles pressupõem ter... mas eles querem ganhar com 7 ou 8 horas de trabalho o que eu levo de 2 a 3 meses pra ganhar. não é viável. entendo também que existe todo um trabalho em cima das fotos, que dura alguns dias. ainda assim, não compreendo o preço. alguém ainda pode me dizer que há a manutenção dos equipamentos e o material gasto na produção do álbum. mesmo considerando tudo isso: impossível.

desesperada com o meu futuro quanto ao fotógrafo do casamento, me lembrei de um ótimo profissional que sempre foi procurado em Volta Redonda, minha cidade natal: Calino. ele seria a pessoa perfeita para que eu estabelecesse um parâmetro de preço/qualidade. liguei pra minha mãe  e pedi que ela solicitasse um orçamento, explicando que o casamento aconteceria em Brasília e tal. a equipe do Calino se empolgou totalmente, mas disseram que eu teria que arcar com as despesas de transporte e hospedagem do grupo, além dos custos envolvidos com o serviço contratado.

agora, com vocês, momento “acreditem se puder”: o custo para trazer a equipe Calino para Brasília e o serviço de fotografia e álbum somados representariam um total menor do que o orçamento apresentado pelo Julio Dutra. pasmem.

bom, mas a história não acabou aí. eu já havia entendido que alguns orçamentos estavam realmente além do preço médio dos serviços. isso significava que havia alguém em alguma parte de Brasília que praticaria o preço do Calino; eu teria que ser capaz de encontrá-lo. encurtando esta odisséia, me encontrei com a Telma, uma amiga que se casou no ano passado (aliás, a foto que ilustra o primeiro post deste blog é da barra do vestido dela, com o meu nome pregado lá. valeu, Telminha!). contei do drama para encontrar um fotógrafo que “coubesse no meu bolso” e ela me indicou o Adalberto Rocha.

corri para o Google, one of my best wedding buddies. encontrei a página do Adalberto (há uma boa seleção dos trabalhos por lá, mas as fotos das quais mais gostei foram aquelas que ele nos mostrou no nosso primeiro encontro). entrei em contato, consegui o orçamento por email (coisa que nenhum outro fotógrafo se propôs a fazer) e marquei um encontro. o Adalberto foi muito atencioso e se propôs a ir ao nosso encontro em qualquer lugar do Plano Piloto, além de concordar em fazer isso num sábado (outra coisa que a maioria dos profissionais não fazem).

conclusão: contrato assinado, e-session marcada para o dia 22 de janeiro e fotos do jeitinho que eu quero.

faltam 97 dias! yey! menos um item na lista! até o próximo post!



segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

convites!

começo o post de hoje com ainda mais "borboletas no estômago". li no rodapé do blog: faltam 102 dias. socorro! o tempo está voando, se esvaindo, escorrendo. quanto mais penso nisso, mais tensa fico. vou tentar abstrair. vou escrever sobre dois itens que resolvi: fotógrafo e convites. dessa maneira, penso naquilo que já consegui tirar da minha pauta de afazeres!

vou começar pelos convites. no último post (casando no século 21), disse que tinha descoberto alguns sites que produzem convites no esquema escolheu-pagou-recebeu. foi graças as minhas incessantes buscas por modelos de convites que descobri esses serviços. bem, para a minha surpresa,  depois de pouca pesquisa, consegui uma gráfica no Plano Piloto que atende muito bem e apresenta preços muito competitivos. a Gráfica Relevo está no mercado há muito tempo e sua sede fica no Setor de Indústrias Gráficas (SIG), mas possui uma loja na Asa Norte (perto de casa!), na área comercial da 304 norte. eu e Marcio ainda não tínhamos uma ideia formada sobre o nosso convite. decidimos partir para a gráfica e fomos muito bem recebidos (claro... o Marcio e o dono da gráfica enveredaram pelo assunto dos games... nem preciso explicar que "rolou uma química", né?). resumindo a ópera: saímos pra pesquisar preços de convites e voltamos para casa com os convites já pagos! pasmem! nada até agora foi resolvido com tanta rapidez! 
bom, sobre a arte final do convite, posso adiantar que aprendi a usar Corel DRAW para dar conta da tarefa de personalizar o nosso convite. por hora, sem mais detalhes. esperem pra ver o resultado final!  nos próximos meses, acredito que a partir de fevereiro, será disponibilizado aqui no blog um link para a confirmação de presença no casamento. a ideia é que todos os convidados, ao receberem o convite, acessem esta página e manifestem sua intenção em participar do nosso grande dia. como já falei por aqui, nosso orçamento não é tão elástico, por isso decidimos cortar o esquema de cerimonial (socorro). 
por hoje é só! no próximo post, não percam o drama para encontrar um fotógrafo em Brasília! até!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

casando no século 21

casar na nova era é muito diferente... é Google, Facebook, Twitter, Alta Vista, dicas no Ipod e no celular, enfim, o que não falta é fonte de informações. desde o início da minha empreitada, tenho contado com todas as ferramentas possíveis para buscar ideias e dicas, confrontando tudo, escolhendo isso e aquilo. tenho literalmente um mundo de opções nas mãos. sento o meu traseiro e fico horas em frente ao computador pesquisando sobre tudo o que quero fazer: leio blogs, acesso sites especializados, faço pesquisas avançadas no Google... não consigo me imaginar sem tudo isso a meu dispor nesse momento!

foi avaliando essa variedade de ferramentas que, dia desses, me peguei pensando em como as mulheres organizavam os casamentos antigamente, há 30, 40 ou 50 anos atrás... planejar um casamento devia ser uma aflição imensa para as noivas da época da minha avó e da minha mãe! as únicas fontes de conhecimento eram as amigas, as amigas das amigas, a própria mãe, as tias e, é claro, as publicações sobre casamentos, as responsáveis pela divulgação das tendências da época. e só.
fazer uma pesquisa avançada sobre a qualidade dos profissionais? só perguntando para as pessoas e confiando na análise do boca-a-boca. encomendar convites e tê-los prontos nas mãos em 15 dias? improvável. conseguir 10 orçamentos para um determinado serviço em 2 dias? impossível.

 amigas... as mulheres eram heroínas na preparação de casamentos! não me admira saber que elas, antes mesmo de anunciar o noivado, já estariam iniciando os preparativos para o grande dia. imagine ter que lidar com a angústia de ter poucas opções de serviços, ter que pagar altas somas por isso e não ter grandes garantias. haja suco de maracujá para manter a pose!
por outro lado, acho que as cerimônias eram muito mais cheias de pompa e circunstância do que hoje... não sei se acho isso pela questão da tradição, coisa muito mais "respeitada" antigamente, ou se é simplesmente pelas fotos que vejo. algumas de vocês podem até dizer que existem casamentos muito mais luxuosos hoje, com mais itens e tal. concordo, mas penso que a pompa estava nas caras e bocas que as pessoas faziam, nas boas maneiras da época, na enxurrada de tradição envolvida. no casamento dos meus pais, por exemplo, não houve propriamente uma festa, mas apenas uma recepção, com bolo e champanhe. minha mãe diz que isso se deu por questões de restrição de orçamento. ainda assim, acho um luxo! 

bem, vamos voltar para o meu casamento, a cybernoiva que sou e as coisas disponíveis para quem planeja o seu enlace neste século. descobri, durante as minhas pesquisas para fazer os convites, uma série de serviços encomendados pela Internet. achei isso o máximo!
alguns sites como o e-casando e casamento.art.br oferecem convites e lembrancinhas personalizadas que podem ser encomendadas e pagas pela Internet, e são recebidas em casa, pelo serviço de correio. a variedade de itens é incrível! fiquei fascinada com a ideia de oferecer pastilhas garoto ou balas mentos em embalagens personalizadas (entre os padrões, há a opção de pois! uma tetéia!).
outro item que me seduziu foi a latinha de alumínio para ser distribuída como lembrancinha. você pode colocar amêndoas, um sabonetinho ou balinhas. outra tetéia.
o que me deixou mais surpresa foi a praticidade desses serviços, a simplicidade para conseguir coisas que, numa primeira vista, serão avaliadas como sofisticadas pelos convidados. outro ponto: para quem está em crise, sem criatividade para pensar nos convites, ou até mesmo sem tempo para isso, é só clicar nas várias opções e pronto: escolheu, pagou, recebeu. sem drama.
ainda fazendo as minhas pesquisas, descobri um site muito legal: the knot. a página é americana e apresenta ferramentas muito boas para a preparação de um casamento. dentre elas está a lista de tarefas (wedding checklist), que apresenta todas as atividades de preparação, distribuídas de acordo com o nível de prioridade entre os meses, até a data escolhida para o casamento. caso prefira, você pode imprimir a lista e tê-la na sua pasta do casamento. outra ferramenta importante é o wedding budgeter, que auxilia no orçamento, organizando os gastos e os itens necessários à cerimônia e à recepção. você informa o valor que pretende gastar com tudo e o budgeter distribui os valores entre todos os itens que vão compor o casamento, além de te avisar, conforme você o alimenta, se o dinheiro disponível está acabando ou sobrando. um must!
na hora de fazer o cadastro, parece não ser possível se você não mora nos Estados Unidos ou Canadá. não desista! eu consegui. basta escolher Canada como país (country), Other para o estado (state) e correr para o abraço! o site tem ainda uma atividade divertida de criação: o create your inner-bride.  no meio de tanta tensão com os preparativos, consegui relaxar e produzir a minha noivinha! vejam só!

my inner-bride
na lista das ferramentas disponíveis para quem está preparando o seu casamento, minha amiga Elisa me apresentou o i-wedding, aplicativo para Iphone e Ipod touch. ainda não tive chance prová-lo de verdade, mas vi que ele inclui nas suas funções um controlador de orçamento e um administrador de convidados, dois itens que considero importantes. além disso, o aplicativo inclui uma função de slides de fotos para você se inspirar. são buquês, vestidos, enfeites, lembrancinhas, tudo o que você puder imaginar, em várias cores e tipos, para todos os gostos. um cardápio-show à parte. sim, porque divertir-se, suspirar e sonhar fazem parte deste momento, né?! até!


quinta-feira, 25 de novembro de 2010

flores! flores!

decidi sobre a paleta de cores do casamento: laranja, vermelho e marfim! declarando assim, até parece que foi muito fácil decidir... como já havia mencionado em outro post, ao decidir pelo Clube das Nações, tive que jogar fora toda a minha ideia para a decoração. foi aterrorizante pra mim, porque não queria sucumbir a algumas cores das quais não sou lá muito fã, mas que cairiam muito bem com o local. por dias, fiz buscas incessantes na Internet, mas sem muito sucesso. nada parecia me agradar... e o meu prazo para preparar os convites estava se esgotando, considerando todas as pessoas que vão se deslocar a partir de outras cidades para o meu casamento. 

e foi com a faca nos dentes que acordei bem cedo hoje e fui me encontrar com a Manuela, organizadora do buffet e minha decoradora. ao chegarmos lá, eu e Marcio mergulhamos nos álbuns de fotos do buffet, procurando por alguma inspiração. e foi percebendo que nós não estávamos resolvidos que a Manuela montou uma mesa-mostruário, colocando alguns itens que pudessem compor as mesas da nossa própria festa. e lá estava um arranjo em tons de laranja... foi amor à terceira vista! sim, porque eu ainda não estava convencida. e a Manuela, mais uma vez, me mostrou fotos de arranjos e sugeriu o chamado "tropical", que inclui flores mais exóticas, como a estrelícia ou a helicônia, por exemplo. nada pessoal contra a flores, mas eu queria uma flor com 'cara de flor'. 

estrelícia

helicônia












 
 não entenderam? explico. quando alguém lhe pede pra desenhar uma flor, o que você produz no papel? tenho certeza que não será uma estrelícia ou uma helicônia... geralmente, a gente desenha a famosa ideia de miolo, pétalas, caule e folha, algo mais ou menos assim:


insatisfeita e, percebendo que o Marcio tinha ficado feliz com a ideia do arranjo tropical, comecei a revirar as fotos que ainda estavam pela mesa... foi aí que encontrei um modelo de arranjo com gérberas da cor laranja, ou seja, eram flores com 'cara' de flores e no tom que ficaria perfeito para o local! estica e puxa dali, estica e puxa de lá, consegui arranjos em vasos de vidro altos e baixos, intercalados nas mesas, com gérberas laranjas e vermelhas. lindas!

gérbera

e, é claro, depois da escolha, mergulhei na Internet e foi muito inspirador! a paleta em tons de laranja é incrível e combina muito com o período do ano em que vou casar, além de trazer alegria para o dia. de acordo com o site Mega Noivas: "O laranja assim como o vermelho e o amarelo é uma cor quente e bastante alegre. Tem o significado de confiança, movimento e espontaneidade. Trata-se de uma cor indicada para recepções de agradecimentos e ainda tem a curiosa característica de estimular a euforia e o apetite… Sendo assim, noivas que optarem por essa cor, caprichem no cardápio da festa!" 
bom, já caprichei no cardápio! enquanto a festa e os pratos deliciosos não vêm, curtam as paletas lindas que encontrei. até o próximo post!


  





domingo, 21 de novembro de 2010

neuroses de uma noiva

"O termo neurose (do grego neuron (nervo) e osis (condição doente ou anormal)) foi criado pelo médico escocês William Cullen em 1787 para indicar "desordens de sentidos e movimento" causadas por "efeitos gerais do sistema nervoso". Na psicologia moderna, é sinônimo de psiconeurose ou distúrbio neurótico e se refere a qualquer transtorno mental que, embora cause tensão, não interfere com o pensamento racional ou com a capacidade funcional da pessoa. (...) Neuroses são quadros patológicos psicogênicos (ou seja, de origem psíquica), muitas vezes ligados a situações externas na vida do indivíduo, os quais provocam transtornos na área mental, física e/ou da personalidade. De acordo com a visão psicanalítica, as neuroses são fruto de tentativas ineficazes de lidar com conflitos e traumas inconscientes." (http://pt.wikipedia.org/wiki/Neurose)

é oficial: estou neurótica. nos últimos dias eu penso, como, durmo, trabalho, converso casamento. é simples: está (quase) tudo nas minhas costas. logo, se algo der errado, a culpa é (quase) toda minha. mais um dado (muito relevante): eu sou uma pessoa perfeccionista. logo, há uma linha bem tênue pra mim entre o desespero e a salvação. sei que tenho que manter o equilíbrio e não deixar que meu perfeccionismo me sabote, mas, por mais que eu tente manter  a calma, alguns 'fantasmas' teimam em assombrar a minha existência... esses fantasmas, ou melhor, as minhas neuroses (não) são simples e acho que boa parte das noivas vão se identificar com algumas delas.
a primeiríssima reside no fato de eu ser uma pessoa extremamente azarada com costureiras. sim, elas nunca acertaram comigo. foram diversas as oportunidades e essa classe de profissionais parece ter sido treinada pra me fazer passar raiva. todas as vezes que alguém tirou minhas medidas e montou um vestido pra mim, ficou péssimo. adivinha no quê eu não paro de pensar? claro, no meu vestido de noiva! a primeira prova está marcada para o dia 28 de dezembro e, até lá, vou ficar com o drama da dúvida. pior: me conhecendo como eu me conheço, sei que a primeira prova não vai me tranquilizar; ela será apenas mais um capítulo da minha história de amor e ódio pelas costureiras, até o dia em que o vestido estiver arrematado. já tentaram me convencer de que as costureiras de vestidos de noiva pertencem a uma outra classe de profissionais, que são top de linha, as melhores do planeta, mas nada consegue funcionar como um Valium pra minha desconfiança. 
outra coisa que não sai da minha cabeça é saber se a grana vai ser suficiente para custear o casamento do jeito que a gente quer... não saber se o cobertor é grande o bastante tem me deixado bem tensa. quanto mais profissionais tenho que buscar e contratar, quanto mais serviços têm de ser pagos, mais percebo que Brasília consegue ser ainda mais cara do que eu imaginava. por mais que a gente tente economizar uma grana pra começar a fazer um casamento e estabeleça um teto para os gastos, os itens vão aparecendo e você acaba gastando mais do que havia planejado no início...
a minha próxima neurose é não conseguir o juiz de paz que eu quero tanto... na verdade, não é um juiz de paz, mas sim uma juíza de paz: Dra. Eunice Pennaforte. considerando que não teremos uma cerimônia religiosa, além das histórias que já ouvi sobre celebrantes mau-humorados, quis escolher com critério a pessoa que estaria à frente do nosso casamento. conversando com a minha psicóloga, descobri que a Dra. Eunice é atenciosa e sempre busca realizar cerimônias com um toque a mais. até aí, lindo, me indicaram um nome pra procurar, mas... tudo o que é bom é disputado. a agenda da Dra. Eunice não é das mais tranquilas e eu tenho que esperar até o início do mês de janeiro para tentar conseguir um espaço pro meu casamento! desejem-me sorte!
outro fantasma que merece um destaque é a cor da minha festa! eu e Marcio estávamos resolvidíssimos sobre uma festa em preto e branco. eu já tinha modelo de convite, desenho de bolo, ideia para a decoração das mesas, até que fechamos contrato com um salão de festas que, pelas características, não nos permitirá usar nada daquilo que já estava resolvido. ótimo, né?! tenho um encontro com a minha decoradora na próxima quarta-feira... lá vou eu abrir meu coração na esperança de não ter que me contentar com decoração cor-de-rosa. aff!
por último, falo aqui da minha dúvida sobre o que fazer com tantas pessoas que conheço e o tamanho limite da minha lista de convidados. êita drama! é a dança do estica e puxa! mais um caso de cobertor menor do que deveria... mas não é possível, com o nosso orçamento, convidar a todas as pessoas com as quais convivemos. eu e Marcio teremos de selecionar aqueles que estão mais próximos de nós dois. e só resta lidar com a angústia... e com algumas caras feias depois. paciência e desprendimento na cabeça!
pronto, desabafei. obrigada por serem compreensivos. no próximo post, prometo que continuo com atualizações sobre os preparativos! até!

terça-feira, 9 de novembro de 2010

onde passar uma lua de mel?

dúvida cruel: para onde viajar na lua de mel? eu e Marcio pensamos em escolher um lugar para o qual nenhum de nós dois já tivesse viajado. daí, já começamos com restrições para alguns destinos internacionais mais comuns, como Buenos Aires, Paris, Lisboa, Londres, Santiago...

Punta Cana - República Dominicana
falo destes lugares, porque não somos um casal muito fã de praia. por outro lado, a gente curte os 'acessórios' da praia: caminhar em calçadão, tomar umas e outras à beira mar, comer alguns frutos do mar. pensando nisso, e nas milhas que já consegui com as minhas viagens para a América Central, cogitamos a hipótese de ir para o Caribe, mais precisamente Punta Cana, na  República Dominicana. é um destino charmoso,  de baixo custo, se comparado com alguns destinos nacionais que incluem praia: algo em torno de R$ 2.500,00 por pessoa. as opções de preço variam de acordo com a hospedagem, que pode ser em um dos maravilhosos resorts.
Punta Cana - República Dominicana

ainda falando de praias, fiquei totalmente de queixo caído com as fotos que minha amiga Mari tirou em Bora Bora, Tahiti. uma coisa é ver fotos produzidas para revistas; outra bem diferente é ver as fotos tiradas pelas modestas cameras dos amigos. Bora Bora é o paraíso na Terra. e como bom paraíso que é, tem um preço incrível: para aproveitar o que este lugar tem a oferecer, você terá que desembolsar cerca de R$ 10.000,00 por pessoa, dependendo da temporada. sim, eu disse isso mesmo. sei que é difícil de  imaginar que para passar 6 dias neste lugar você  tenha que gastar tanto. quem sabe um dia, quando estiver morando lá pelas bandas asiáticas... por enquanto, no way.

mudando para as temperaturas mais amenas, pensamos também em Bariloche, Argentina. é um destino internacional de simples acesso, que não inclui gastos extravagantes, além de igualmente charmoso e ideal para casais. em abril será baixa temporada, o que nos proporcionará uma estadia mais tranquila, sem ter que enfrentar aquelas inúmeras excursões lotando todos os espaços. para passar quatro dias em Bariloche, um casal deverá desembolsar algo em torno de R$ 1.800,00 por pessoa. achei viável...


Bariloche - Argentina
ainda pesquisando as opções de lua de mel, vi que algumas agências de viagem, como a CVC, por exemplo, oferecem a venda de cotas para a viagem de lua de mel. o casal escolhe o pacote que deseja adquirir e, ao invés de organizar uma lista de presentes, apresenta a possibilidade de aquisição de cotas. dessa maneira, é possível 'financiar' , através dos convidados, a viagem mirabolante do casal. penso que é uma boa alternativa para casais já instalados, que não precisam dos presentes para equipar a nova casa. no meu caso e do Marcio, esta alternativa me inspirou a oferecer cotas da lista de presentes para os convidados. dessa maneira, ninguém terá de se preocupar em acompanhar a lista do casamento, quais itens já foram adquiridos, quais sobraram; ela estará publicada aqui no blog e as pessoas comprarão as cotas do valor total dos itens que queremos adquirir. é uma idéia em construção. não batemos qualquer martelo sobre isso ainda.


bom, longe de estar decidida sobre o destino da lua de mel, encerro este post pedindo sugestões. idéias criativas com custo interessante serão muito benvindas! até a próxima!

domingo, 31 de outubro de 2010

quem casa quer salão de festas

pois é... como já falei em outras postagens (até parece que já postei muito!), Brasília é uma cidade cara e encontrar opções que não custem tanto, mas que apresentem um bom resultado, é uma tarefa para ninja. e isso não foi diferente no que se refere ao espaço para a cerimônia e para a festa... eu e Marcio não queríamos uma cerimônia religiosa, então procurávamos um lugar que pudesse valer tanto para o casamento em si, quanto para a recepção. outro aspecto da nossa pesquisa foi o nosso número de convidados: 100 pessoas. a maior parte dos salões suportam números muito superiores de convidados, algo entre 200 a 500 pessoas.
em Brasília há uma lista de lugares maravilhosos, desde espaços mais rústicos, que incluem pequenas quedas de água, até salões muito sofisticados, com escadarias para princesa nenhuma botar defeito. os que me deixaram mais alucinada, foram aqueles com localização próxima ao Lago Paranoá... o visual do lago, em determinadas horas do dia, são de tirar o fôlego. o primeiro lugar que paquerei foi o Porto Vittoria, que abrigou a festa de formatura da minha amiga Mari. a vantagem do espaço é não precisar investir muito em decoração; por si só o lugar já é muito bonito. no entanto, o salão, mesmo dividido, é enorme... nossos convidados ficariam perdidos naquela imensidão. outro espaço lindo é a Villa Patrícia... mais rústico, o lugar é aberto e a cerimônia é realizada ao ar livre, numa área muito verde. o problema, além do preço, consideravelmente salgado para o meu bolso, era a localização. considerando que muitas pessoas virão de outras cidades para o meu casamento, não gostaria que elas tivessem que passar pela chateação de gastar muita grana com táxi. aliás, com a "lei seca", muitos amigos meus deixarão os carros em casa... não gostaria de dificultar a vida deles também.
Porto Vittoria - área para a cerimônia - muito convidativa!
Villa Patrícia - espaço charmoso - adoro piscina com decoração.

e a cybernoiva continuava a sua procura com o auxílio do Google... até que num dia, numa mesa de bar com amigos, a Marília, namorada do Renato, grande amigo do Marcio, nos indicou o buffet da sua prima. a indicação foi tão modesta, que eu não esperava encontrar uma empresa já estabelecida e reconhecida no mercado! o "buffet da prima" era a empresa da Senhora Maria Edith Rollemberg, a Allegro Festas. (bem, a vida é assim: você está buscando uma coisa e acaba encontrando outra! e quando se trata de casamento, esse tipo de coisa ocorre muito...) entrei em contato com a empresa e comecei a gostar das opções: caso contratássemos o buffet, a casa-sede da Allegro custaria um preço simbólico, algo para pagar apenas a manutenção do lugar. bem, decidimos participar da degustação... e fiquei maravilhada com a qualidade da comida, o requinte nos itens comuns e as opções sofisticadas. tudo estava muito gostoso! (nem preciso dizer que essa é a parte que qualquer noivo curte horrores, né?! e o Marcio não foi diferente... repetiu quase tudo.) além da comida, papo vai, papo vem, encontramos outros casais na degustação e, claro, cada um começou a falar dos preparativos do próprio casamento. e foi nessa de dividir as ideias, que eu descobri onde aconteceria a cerimônia-festa do meu casamento... quando visitei o Clube das Nações, percebi que tinha nas mãos um bom preço, uma boa localização, o tamanho de salão ideal para os meus convidados e... o Lago Paranoá!
resumindo, contrato assinado com o Clube e data marcada: 2 de abril de 2011! embaixo, seguem as fotos do nosso 'investimento'! até a próxima!

piscina e vista do salão ao fundo.
parte externa do salão.
o pier do Clube - Lago Paranoá.
parte interna do salão.



quarta-feira, 27 de outubro de 2010

em busca do vestido perfeito I

uma noiva vai sempre pensar primeiro no seu vestido. digo isso porque, antes mesmo de definir a data da cerimônia, eu já estava na busca pelo vestido perfeito pra mim. não comecei pelas revistas, confesso. aliás, não comprei qualquer revista até agora! sou uma cybernoiva: a Internet é a minha fonte. fiz um levantamento na rede de todos os vestidos de noiva possíveis e uma dúvida não saía da minha cabeça: qual vestido usar?
eu não tinha a menor ideia do que queria, mas sabia exatamente o que eu não toleraria: brilho. não gosto de glitter, paetês e brocados esfuziantes. outra coisa da qual tenho pânico é de babados... Deus me livre ficar parecida com uma rumbeira!


com estes parâmetros na cabeça, e outros relacionados ao meu biotipo, mergulhei no Google e pesquei 30 vestidos. sim, meu universo de opções não conseguia ser menor... e cada vez que eu mergulhava, mais vestidos entravam para o meu conjunto de opções! conversei com a minha mãe e ela me disse: "filha, veja alguns, escolha o que mais gostou e não procure mais. é assim, senão você vai ficar louca." sábias palavras... mas eu já tinha feito três pesquisas antes de falar com ela. too late!
bom, considerando que eu não tenho a fantasia de guardar o meu vestido, decidi pela opção de fazer uma primeira locação numa 'maison' de noivas: eles fazem o vestido que você quer e a primeira pessoa a usá-lo será você. o preço é bem menor do que comprar um... e haja visto que eu já tinha me assustado com o preço que um vestido poderia atingir em Brasília, decidi procurar a mesma 'maison' responsável pelo vestido da minha irmã (Cinthia - a irmã do meio), "Elci Noivas e Noivos", uma empresa muito competente lá na minha cidade natal, Volta Redonda. e foi num dia de julho que eu, acompanhada da minha mãe e da minha irmã (Claudinha - a irmã mais nova) que eu vesti, pela primeira vez, um vestido de noiva... a máquina deu boot, vocês não entendem, a não ser que já tenham passado por isso... veio uma sensação de estar fantástica, imbatível, rainha do Universo! e foi com um sorriso besta na cara que eu provei uns 15 vestidos! esse arsenal foi montado a partir dos top 12 que eu consegui selecionar a partir daquele grupo de mais de 30 que havia reunido. aí vão alguns deles:

esse lacinho foi parar no meu vestido.

amei esse vestido, mas a saia daria mais volume ao meu quadril.
esse foi o vestido eleito pelo Marcio.




















 e foi considerando o caimento dos vestidos que eu colocava, que o estilista desenhou um modelo exclusivo pra mim! ele foi muito atencioso, uma graça! além de ter a paciência elástica o suficiente para me ter como cliente... digo isso porque, claro, dei alguns pitacos no desenho dele. mas foram pitacos construtivos, que levavam em conta o meu temperamento, pra que o vestido reflita isso e tenha a minha identidade. aliás, sobre isso, ele insistiu em manter um lacinho no corpo do vestido, na parte da frente, e eu torci o nariz horrores frente à insistência dele... e, depois, olhando algumas tendências em vestidos de grife, vi que ele estava certo. ponto pro estilista! 
enfim, o croqui original está lá na 'maison', mas a foto que mais se assemelha ao meu vestido original vai postada aqui embaixo. agora, é contagem regressiva para o dia da primeira prova do vestido em dezembro!


terça-feira, 26 de outubro de 2010

início

quando foi dada a largada para o meu casamento, eu não sabia por onde começar... depois que Marcio (o noivo!) e eu decidimos que o mês seria abril, ficou a pergunta: e agora? bem, foi aí que eu descobri um evento: Fest Noiva Brasília 2010. Eu estava sentindo a necessidade de me ambientar, entrar no clima e o Fest Noiva veio a calhar. Este evento acontece todo ano e já acumula 18 edições, apresentando as tendências para tudo o que se refere a casamentos. As empresas montam stands com os produtos e as noivas têm acesso a tudo, desde os tipos de lembrancinhas e de docinhos até os mais inusitados pacotes de viagem para lua de mel. confesso que com tantas opções eu fiquei meio tonta, mas valeu a pena, foi de encher os olhos... o auge, pra mim, foi o desfile de noivas ao som da Ave Maria de Franz Schubert, cantada ao vivo por uma solista fantástica... foi impossível não chorar e desejar que minha mãe estivesse lá comigo; choraríamos juntas de emoção. 


bom, um outro ponto que não posso deixar de mencionar é o fato de praticamente todas as empresas representadas serem as top do mercado de casamentos e meu orçamento não ser tão compatível com o nível delas. fiquei um pouco apavorada e senti que o Marcio também, mas aproveitamos para recolher todo o material promocional que eles forneciam. no final, a gente aproveita as ideias e procura por fornecedores mais modestos que, é claro, não deixem a desejar na qualidade, né?! 
ah! outra coisa notória: os noivos ficam impacientes em feiras como essas... percebi que eles só ficavam alegrinhos quando estavam investindo em alguma degustação de vinho ou de champanhe. o Marcio, por exemplo, já estava pedindo para ir embora depois dos primeiros 30 minutos. desde já, recomendo por experiência: levem mãe, irmã, prima, amigo gay, mas não peçam isso aos noivos.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

inauguração

eu e a minha constante vontade de escrever me levaram a criar mais um blog... desta vez, sobre meu casamento. jamais imaginei que o fato de me casar fosse me impulsionar a escrever sobre isso. primeiro, porque casamentos tendem a ser uma experiência que resume algo que deu certo e penso que as ressacas emocionais são muito mais inspiradoras para quem escreve. e para quem lê também. então, por quê? bem, há um turbilhão de sentimentos que saíram não sei de onde e começaram a mexer com as bases daquilo que eu já achava que estava organizado; o casamento seria apenas um ritual de passagem, bonito para fotos, reunir família e amigos. mas não foi bem assim. a tal da cerimônia, a oficialização da relação, colocou nós dois nas mais inusitadas situações: questionamos, criticamos, choramos, construímos, enfim, evoluímos. e ainda estamos evoluindo. no final das contas, percebi que o tal do ritual é mágico mesmo, não no sentido de conto de fadas, de final feliz, mas no sentido de transformador. jamais seremos os mesmos depois do processo de casar. sim, é um processo que teve início quando decidimos que iríamos unir as nossas histórias e que terá, como marco de etapa cumprida, a cerimônia. casar de verdade não é pra qualquer um, não.
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